Não me pede pra guardar o que sinto. Sou uma explosão
intensa de sinceridade e amor que pede pra ser exposta, gritada, fotografada.
Preciso falar o que sinto, o que penso, o que acho, o que quero. Não consigo
ser aquele meio termo quente/frio, onde ninguém consegue saber ao certo o que
se passa na cabeça. Todos os meus sentimentos são expostos em minha cara, em
meus olhos, em minha voz, em meu corpo. Não sei ser menos que isso, aliás, não
sei ser menos. Sou mais, sempre mais. Mais dada, mais doída, mais louca, mais
atirada, mais eu. Não consigo esconder nada de ninguém e talvez esse seja um
dos meus maiores defeitos, apesar de achar que também seja uma de minhas
qualidades. Em um mundo em que ganha aquele que fingir melhor, quem é sincero é
rei. Não quero me dobrar a joguinhos emocionais, não quero precisar esconder o
que se passa em minha mente, não quero ter de parar de escrever pra não me
entregar demais. Eu quero me entregar. Quero me entregar ao mundo, a minha
profissão, a mim mesma. Quero continuar sentindo esse vento batendo no rosto e
continuar pisando no acelerador enquanto meus cabelos voam alucinadamente. Me
desculpe, eu não sei ser outra e nem quero aprender a ser. Eu sou assim. Fica
quem quer. Aliás, fica quem consegue ser como eu.
Iasmyn Gordiano, 21/10/16
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