Escrevo, pois o grito entalado em minha garganta não pode
ser solto, pois vai assustar a quem sempre me rodeou.
Escrevo, pois as palavras fogem da minha boca toda vez que
penso em falar o que me incomoda, como se uma faca arranhasse as minhas cordas
vocais.
Escrevo, pois a falta de jeito para saber me expressar
oralmente faz-se presente e necessária quando tento mostrar o turbilhão de
coisas que existem em mim.
Escrevo, pois sinto a necessidade quase física de mostrar
que existem trevas em meu interior e elas precisam ser extintas ou expulsas,
nem que seja para um pedaço de papel em branco.
Escrevo, pois se não pudesse escrever, iria viver calada, isolada e sem amigos. A vida me fez crescer, mas a escrita me ensinou a ser
humana.
Iasmyn Gordiano, 17/08/16
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