Há dias bons. Isso não posso
negar.
Mas também há aqueles dias – e
esses, infelizmente, têm sido maioria – em que eu queria parar de existir.
Aqueles dias em que levantar da cama é uma atividade dolorosa. Preparar minha
comida, lavar meu cabelo, conversar com meus amigos e até mesmo respirar, viram
verdadeiras lutas. Eu não queria acordar nesses dias. Queria poder me desligar
do mundo e ficar isolada em alguma realidade paralela em que não tivesse que
manter contato com mais ninguém além de meus pensamentos.
Eu não costumava ser assim. Lembro,
ainda que com esforço, de como eu era mais feliz. Na verdade, de quando eu era
feliz. Ponto. Costumava rir de meu cabelo assanhado, me importar com o que iria
fazer no dia, sorrir de forma verdadeira e conversar com meus amigos sem
precisar fazer esforço. Sinto como se essa eu antiga tivesse sido sequestrada e
ainda não tenho noção de quando conseguirei pagar o resgate para tê-la de
volta. Não aguento mais.
Não aguento mais forçar diálogos.
Não aguento mais forçar sentimentos. Não aguento mais tentar mostrar que estou
bem quando por dentro tudo o que existe é um vazio sem fim. Não consigo
levantar da cama sem ter vontade de chorar. Não consigo dormir sem ter vontade
de gritar. Não consigo nem ao menos me sentir viva. Me sinto em uma tsunami de
sentimentos onde tudo de bom que existia dentro de mim foi arrastado, morto.
Estou devastada. Cada parte minha dói, dói como o inferno.
Se eu fosse fazer um vídeo
explicando os 13 motivos de ter desistido, você seria o primeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário